segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Alucinógenos demais, trapalhões e

Agora sim, o sonho mais louco da noite! Senta aí e fica doidão junto comigo.

Comecei em um filme de Bang Bang, ou do James Bond só que com alto teor de comédia. Estava entre pedras cavernas e ruínas de algum lugar deserto, armada e poderosa. O que eu precisava fazer? Matar os inimigos que estavam em algum lugar por ali. Eu digo que era uma comédia, pois esse era o clima. Um dos meus companheiros era destrambelhado como só ele. Segurávamos o riso como se estivéssemos ali encenando (para platéia nenhuma) e ao mesmo tempo salvando nossas vidas. Dava tiro no chapéu, escorregava no chão e fazia outras coisa que não faz o menor sentido.

Entramos em uma caverna pra nos esconder e lá eu me encontrei com mais dois companheiros. Ahhh que óbvio, eram nada mais nada menos que MUSSUM E ZACARIAS! Eu tô nos trapalhões!! Ô PSIT liga na grôbo! 

Só que o scripa, ops  o script, começou a mudar muito. Do cômico passou apenas para o suspense. Se esconder e ter que matar inimigos estava sério demais. Numa espécie de reunião com vários James Bonds Trapalhões, no alto de um prédio feito de barro, como as casas de roça, resolvi que já não queria mais brincar.  Levantei de traz da pedra que em escondia e avisei: "NÃO QUERO MAIS LUTAR". Imediatamente todos ali presentes apontaram as armas para mim. Em seguida eles me enviaram para uma missão especial.

Desci as escadas do prédio velho e de repente o cenário mudou completamente. Agora era uma cidade moderna e movimentada. Logo na porta um garoto meio esquisito me recebeu. Disse que me levaria onde precisava ir. Conversei algumas coisas com eles enquanto caminhava e sabia mesmo que ele era estranho, só fui perceber o tanto estranho era quando cheguei em um laboratório super futurista, como os muitas ficções científicas (que assisto muito pouco, nem sei citar um filme. Não posso com coisas assim, imagina meus sonhos como seriam). Entrando nesse laboratório havia dezenas de crianças igualmente estranhas. Quando olhei bem reparei que nenhuma delas tinha olhar, no lugar os olhos um buraco fundo e vazio.
Pra piorar a situação comecei a suspeitar, não sei por que, que aqueles meninos e meninas será um de nós quando estivermos mortos. 
É demais pra qualquer um, não senti medo, nem susto. Mas nem minha mente maluca consegue passar desse nível de loucura... Acordei

Alucinógenos

Numa mesma noite, dois sonhos pra lá de criativos e malucos. Ou meu inconsciente comeu um palhaço estragado ou o alucinógeno foi demais, vamos lá...

No primeiro deles eu tinha uma missão nem um pouco desejável. Sabe se lá porque precisava entregar um documento, papel, carta, em algum lugar e tudo que eu menos queria na vida era cumprir essa tarefa. 
Quem me incumbia da tarefa era principalmente minha mãe. Aos prantos eu implorava pra que me livrasse desse problema. Cheguei a querer fugir e me rebelar contra a missão. Mas... segundo minha mãe com duras palavras eu precisava fazer isso e me preparar para o dia 21 e seus próximos anos. (Vou ficar de olho no próximo dia 21 e nos anos seguintes de minha vida, rs.)
Enfim, cheguei a uma discussão já habitual aqui em casa, com meu péssimo senso de direção e lugar estou sempre perguntando: - Mas onde é? Onde fica isso? Como vou chegar lá? Ai ai ai! Foi igualzinho ali no sonho. (quase pensei que estivesse acordada) No fim das contas cheguei a conclusão, sem me lembrar porque, que o tal lugar era bem longe, eu me desencontraria dele (o rapaz que anda por perto e vez ou outra publico seus sonhos) e isso me deixou realmente furiosa. 
Bufando e empurrando um carrinho de compras, saio de minha casa (não a própria, mas uma desconhecida) inconformada com a tarefa na qual fui obrigada a cumprir. Na calçada as pessoas como num surto jogam celulares pra cima, param o trânsito, gritam eufóricas para me avisar que tudo não passava de uma PEGADINHA! Dai sim, fiquei profundamente ENFURECIDA (onde está minha esportividade?). Não me lembro mais de nada, melhor mesmo não lembrar!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O pior pesadelo de todos os tempos!

 Acordar as 9h, e dormir novamente até as 11h com o sol batendo forte na cama, não foi uma boa idéia.

No fundo do lote da Igreja em frente a minha casa, gaiolas enormes estavam lotadas de pessoas. Eu só conseguia ver  da minha casa pessoas gesticulando e implorando por ajuda, presas e desesperadas A cena não incomodava quase ninguém. A não ser eu e minha mãe. Ah, também meu irmão André, que resolvendo se juntar aos malfeitores se pintou como os caras do KISS e se envolveu com a maldade. 

Não sabendo do que se tratava essa bizarrice resolvi dar um fim na idéia dele. Enquanto ele dormia, o peguei, coloquei deitado sobre a pia do próprio banheiro e lavei o rosto dele cuidadosamente, tirando toda tinta branca e preta. Depois o dobrei, (sim, eu dobrei meu irmão), coloquei dentro de uma mochila e guardei no guarda-roupa. Pronto, estamos seguros! (Dorgas de sol na cabeça)

Meu irmão acordou, explodiu de dentro da mochila  e  expliquei para ele que precisava de sua ajuda, pois faria alguma coisa. Acompanhados também da minha mãe, e da Emily (minha maritaca) fomos em direção a rua. Descendo pelo corredor lateral da minha casa já percebíamos que a movimentação no outro lado era bem diferente. Antes de sair para a calçada tiros nos receberam e de repente o enorme portão deles se fechou. 

Sem palavra nenhuma o André fugiu desesperadamente corredor acima e eu entendi uma coisa. Não precisavam mais que fossemos ajuda-los. Nós agora é que precisamos ter medo e correr deles. Eu gritei, CORRA MÃE!

Subimos de volta correndo e minha mãe entrou em casa. Eu preferi continuar o corredor e chegar até a casa antiga casa da minha vó, que hoje mora um tio meu. Sem parar de correr coloquei a Emily apoiada em um escorredor de prato, avisei: Toninho cuidado, e segui para os fundos da sua casa. Lá tem uma escada que leva até o terraço e nesse terraço tenho acesso a casa de outro tio meu.

Pensei que ali, estaria mais longe dos ataques e poderia ver do alto o que acontecia lá em baixo. Assim me prepararia para a batalha quando algum deles chegasse ali em cima. 
Antes de terminar esse pensamento um jovem apossado aparece sobre os telhados e sorri assustadoramente quando me vê. Corri rapidamente para casa desse segundo tio. Fechei uma porta de grade firme que dá pra sua sala e ganhei um tempo antes de ser ataca pelas dezenas de rapazes jovens, algumas senhoras idosas e duas crianças que também apossadas por algum espírito ruim queriam me pegar. 

Dentro da casa comigo, só estava meu primo Alan. No meu pedido de socorro ele desapareceu. Pronto, eu estava sozinha. Do lado de fora da casa, descobrindo como entrar, as pessoas apossadas pelo tal espírito ruim, não torciam os corpos, não viravam os olhos e nem falam com vozes estranhas. Pareciam naturalmente precisar apenas cumprir a missão de me pegar. Até conversei com alguns deles.
Porque me perseguem? Somos iguais, somos amigos! Disse mais algumas coisas que não me lembro. A unica resposta que tive foi: Mas eu preciso te pegar!

No tempo dessa conversa, as duas crianças presentes não controlaram sua aparência e estas sim demonstravam sinais de estarem apossadas. O garoto, pequeno, de corpo achatado e gordo passou pelas grades como quem atravessa uma parede. Com os olhos vermelhos dele eu me assustei tanto ao ponto de amarra-lo e prende-lo no banheiro. Quando terminei o serviço outras mulheres fugindo como eu também chegaram até a casa e avisaram que eles estavam prestes a conseguir também entrar. Cada um procure um esconderijo. 

O melhor esconderijo que encontrei foi um cesto de roupa suja todo fechado e com tampa que coloquei interceptando a porta do banheiro da varanda de traz da casa. Nele entrei e esperei não ser encontrada. Várias vezes algum rapaz ou senhora tentou entrar no banheiro a procura de alguém mas um cesto pesado impedia que a porta se abrisse direito. Desistiam e iam procurar por outros.

Eles carregam uma corrente com algumas pedrinhas brancas e douradas. Bem parecido com um terço, esses colares faziam a quem usasse, algum mal. 
Curioso, um rapaz não desistiu de xeretar o cesto em que eu me escondia. E me encontrou ali. Os meus pés apareceram por debaixo do cesto e me provocando o maior medo de todos ele brincava com sua descoberta. O cesto tem pés! Como um cesto pode ter pés ? Será que alguém está aqui ?


Apavorada eu saltei e arrisquei a única arma que poderia utilizar. Gritei bem forte: QUE O ESPÍRITO DO SENHOR VENÇA, E O SEU ESPÍRITO MORRA!
O rapaz caiu ao chão. Outros caíram com ele. Aliviada mas também em êxtase de tanto pavor gritava a mesma frase a todos aqueles que ainda continuavam de pé. Aos poucos todos iam caindo e deitavam no chão como se estivessem dormindo, tranquilos.


Um  outro grupo desses jovens chegaram e perdidos procuravam pelos colares que usaram, encontraram num canto algumas sacolas com pulseiras e comentaram: Estas são para comer! Peguei deles a sacola, ela desapareceu e eu gritei novamente: QUE O ESPÍRITO DO SENHOR... Não sei porque não completei a frase, mas eles também desapareceram, não caíram, eu só não os vi mais.


Quando todos os jovens e senhoras já estava deitadas no chão, inclusive sobre colchões, dormindo e livres do mal espírito andei pela casa e alguns ainda pareciam inquietos como quem dorme tendo pesadelos. As mulheres que estavam comigo oravam em volta dessas pessoas.


Passei por um cômodo e uma senhora segurou meu calcanhar. Ai que medo terrível. Seu olhar não era de paz, não dormia tranquilamente como os outros. Ainda que de olhos fechados e deitada ela gesticulava com os braços tentando me pegar. Com muito medo sentei no seu colchão e comecei a cantar: Espírito enche a minha vida! Interrompi e cantei, Espírito do Senhor  enche a minha vida. Enche-me do teu poder, pois de ti eu quero ser, espírito enche o meu ser!
Ela dormindo disse um número, terminado com 6.  Talvez 26 ou 36, não tenho certeza. Continuei cantando e ela inquieta repetia o número. Recitei um versículo que também não me lembro. E ela acordou!


Quando acordou não senti nenhum medo. Ela acordou porque se livrou do que lhe atormentava. Era muito idosa, tinha o rosto grande e com muitas rugas, a pele tinha um tom moreno bem claro. Me perguntou:
- Você recitou o 26 não é ? (disse o número que se referia dormindo).
- Eu não me lembro o que eu disse.
- Para alguns é muito mais difícil.
Abracei ela pois estava chorando. Passando a mão no seu rosto, enxugando suas lágrimas eu disse a ela:
- A Senhora é linda. A senhora é linda. Parece minha vó. (pensei na vó Maria)


Acordei.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

É quase indescritível.

      Pense em um aquário bem fundo, retangular, preenchido de água até um topo bem alto, sem enfeites de plantas e até mesmo sem peixes. Agora transforme as paredes usuais de vidro desse aquário em paredes de tijolo e massa, com porta e janela. Ainda assim a água que preenche essa sala não escapa para lugar algum. Preenche toda salão, grande e espaçoso até seu teto bem distante do chão. A iluminação é baixa, em tom azulado escuro. É quase preto o ambiente, mas a água absurdamente limpa e translucida reflete alguns pontos de luz brilhantes maravilhosos.
Assim é o cenário do sonho mais revigorante de todos os tempos! 

       Nesse lugar, entro e me assento junto a alguns conhecidos no chão da sala, encostados em uma parede e completamente imersos na água. Sem problema algum em respirar, e se movimentando como em terra firme observamos um professor que flutua no centro da sala, acima de nossas cabeças, dando as primeiras orientações para um dia de teste, uma prova de natação.
       De repente fiquei insegura, parece que não sei alguns movimentos. Um por um as pessoas iam para o centro com o professor e executava o que ele pedia. O que ele pedia é maravilhoso demais pra ser verdade.
     Sem mexer nenhum braço ou perna, inclinando apenas o tronco e a cabeça meu corpo subia e descia flutuando na profundidade da sala. O professor media em mim a capacidade de parar e controlar o lugar exato que eu gostaria de permanecer. Foi difícil, e ainda estava tensa.... Mas a maravilha dessa sensação tomou conta de  mim.
          Em pouco tempo, com os braços colados no corpo, pés juntos um do outro e esticados como o de uma bailarina eu girava, rodopiava, nadava rapidamente de uma ponta a outra da sala, do teto ao chão, como quem dança na água. A sensação é tão maravilhosa quanto a de voar!
         Muitos de nós já sonhou estar voando. É o nosso inconsciente experimentando a liberdade sem medida dos céus. Experimentei a liberdade dos céus e dos mares... se não deixei claro, é porque é mesmo indescritível!